Análise: Escape String

Escape String é um jogo de programação, um subgénero dos jogos de puzzles que pode não ser tão popular, mas é altamente gratificante, isto quando conseguimos perceber o que estamos a fazer. Existem muitos jogos do género e apesar de não conhecer nenhum que se tenha tornado num fenómeno de vendas, alguns são realmente bons e uma forma fenomenal para introduzir os mais novos ao mundo da programação.

A permissa do jogo é simples. Controlamos um robô remotamente e temos de o controlar através de comandos. Podemos introduzir uma sequência de quinze comandos, mas os movimentos são muito limitados, sendo restringido a coisas como mover para a esquerda ou direta, saltar ou baixar. O objetivo é também bastante simples, chegar à saída do nível, mas fazê-lo é desafiante, já que estamos limitados a esses movimentos.

Existem muitos obstáculos nos níveis do jogo. Com uma periocidade boa são introduzidos novos obstáculos também. Isto faz com que tenhamos de encontrar formas de evitar novos obstaculos quando ainda nem sequer dominamos completamente os perigos anteriores. Felizmente não precisamos de fazer todos os movimentos ao mesmo tempo. Podemos fazer avançar o nosso robô apenas com um par de comandos para ficarmos com uma ideia melhor do nível. No final de cada nível recebemos uma recompensa que depende de dois factores, se atingirmos o número de movimentos mínimo recebemos uma recompensa e se o fizermos com uma lista completa de comandos iremos receber outra.

Escape String não é um jogo muito longo, contando com quarenta níveis, o que deverá demorar pouco mais de uma hora. Mas isso não é propriamente mau. Este é um daqueles jogos que tem uma mecânica e a usa do início ao fim, pelo que pode tornar-se repetitivo, independentemente dos obstáculos que possa colocar no nosso caminho. O jogo tem também outro problema, que é não ser melhor que os outros jogos do género. Não quero com isto dizer que seja mau, não é, mas também não é melhor que a concorrência.

Pequenas coisas fazem com que a hora de jogo que o jogo oferece se possam tornar mais trabalhosas do que deviam. Quando falhamos uma sequência por exemplo, temos de repetir toda a sequência em vez de esta ficar disponível para a podermos aperfeiçoar. Não sei se a razão é dificultar a tentativa e erro, mas não é de todo uma boa solução. Podemos ver as bases para um jogo bom aqui, mas também podemos ver as formas como tudo podia estar melhor.

Escape String pode na mesma ser uma boa proposta para os jogadores mais novos e é uma boa forma de os introduzir à programação, mas infelizmente não consegue ir mais além do que isso.

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster